
"A Igreja Gnóstica é a igreja do Conhecimento.
Colocamos esta premissa e gosraríamos de sentir uma tácita interrogação em cada um de nossos leitores.
Conhecimento? Mas, conhecimento não é sabedoria? E se é sabedoria, já não dispomos de uma ampla ciência em todos os ramos do saber, como um largo campo de investigação e dotada de um tecnicismo moderno surpreendente?
Responderíamos que nossos leitores têm razão. Mas, é que a sabedoria-conhecimento a que nos referimos não é a encontrada nos livros, estudada página por página em uma obra texto. Isto está bem para as salas de aulas e centros oficiais de ensino. A Igreja é algo muito diferente; tem outro objetivo. É o lugar de oração, da reza íntima, da prece elevada à divindade, do recolhimento, da meditação, e é ali o lugar, de preferência, que temos para despertar, aumentar e ainda exaltar nossa própria sabedoria interna, aquela que é inerente ao nosso ego inferior que é o que verdadeiramente conhece...
Gnosis, em consequência, vem a ser um conhecimento mais sutil e mais profundo de todas as verdades reveladas, dentro do campo religioso, vistas à luz dessas duas fontes que se chamam escritura e tradição. Segundo um iniciado da Idade Média, Gnosis é uma espécie de visão imediata da verdade, em oposiçõ à sabedoria adquirida pelo estudo.
Daí que o gnóstico seja possuidor de uma revelação clara, precisa e especial das coisas divinas, se já ascendeu nas asas do Pleroma ou Pleniturde da Inteligência.
As igrejas do positivismo religioso nada nos ensinaram de útil e prático a esse respeito, pois, tanto sua base quanto seus ensinamentos foram se degenerando em dogmas indiscutíveis, os quais hoje formam a dura concha do pesado materialismo que padecem."
Que possamos refletir em suas palavras e estudar seu livro citado, pois nele encontraremos as diretrizes básicas para o entendimento da Igreja Gnóstica em geral e da gnosis em particular.
Que as Rosas Floresçam na Cruz
Marcos Pagani